(por Georgeton Correia)
Conta uma antiga lenda oriental que os humanos eram seres perfeitos, com duas faces, uma apontando para o norte e a outra para o sul. Invejoso de tamanha perfeição, um deus teria lançado um raio dividindo o homem ao meio, cada novo indivíduo com um único rosto, num corpo distinto. Desde então, o homem passa a sua vida inteira à procura de sua cara-metade, ou do ser que irá completar-lhe tornando-o perfeito mais uma vez. O amor seria, assim, a energia magnética que faria os dois pólos atraírem-se mutuamente, rumo ao equilíbrio. Esse seria um final feliz, não fôssemos nós excessivamente racionais e descrentes na existência de coisas que não se podem comprovar, explicar; e isso inclui as lendas.
O medo de amar é a maior causa das angústias do homem. Somos todos essencialmente covardes por não aceitarmos essa necessidade básica de nossas vidas. E assim, sufocamos esse sentimento, matando junto com ele uma parte preciosa de nós mesmos. Evitamos, inconscientemente, nos apaixonar. Procuramos incansavelmente um ser perfeito porque sabemos, lá no fundo, que ele não existe. “Este não serve: é baixo demais”; “aquele outro é negro demais”; “aquele é branco, não me agrada”. E assim, fugimos, nos esquivamos... Tememos aquilo que não conhecemos. E como o amor é o mais inconceituável dos sentimentos, evitamo-lo.
Oxalá alguém nos revelasse a real função de tão controverso sentimento. Esse arrebatador de almas que tira o sono ao escritor e faz ferver o sangue ao leitor. Esse delicioso narcótico sem contra-indicações, capaz de fazer agir passionalmente até o maior dos céticos. Esse bichinho invisível que nos corrói a alma em noites insones, enquanto não encontramos uma cara-metade que apazigúe a sua fúria. Essa caixa de Pandora às avessas, que uma vez aberta inunda nosso mundo de cores, perfumes e sensações inebriantes, obliterando – ainda que em caráter temporário – as mazelas que nos cercam cotidianamente.
Ah, o amor... Somente um romântico inveterado conhece os benefícios do maior dos sentimentos humanos. O amor é o mais eficiente entre os bálsamos: ele é capaz de curar até mesmo as mais profundas feridas. E o que te importa se não sabes conceituá-lo? A ti te basta senti-lo. E se ainda não encontraste a tua cara-metade da qual fala aquela tal lenda, segue o exemplo de Betânia e ama a quem quer que seja: homem, mulher ou animal. Ouve os conselhos de Florbela e ama só por amar. Abre a tua boca e grita desesperadamente a teus pais, vizinhos, amigos ou até mesmo ao teu trabalho: “Amo-te!”. Experimenta esse exercício ao menos uma vez ao dia e não te importes se te chamarem insano por conta disso. Talvez teus problemas não se dissipem; mas será – ao menos – mais doce enfrentá-los, se amares.
Conta uma antiga lenda oriental que os humanos eram seres perfeitos, com duas faces, uma apontando para o norte e a outra para o sul. Invejoso de tamanha perfeição, um deus teria lançado um raio dividindo o homem ao meio, cada novo indivíduo com um único rosto, num corpo distinto. Desde então, o homem passa a sua vida inteira à procura de sua cara-metade, ou do ser que irá completar-lhe tornando-o perfeito mais uma vez. O amor seria, assim, a energia magnética que faria os dois pólos atraírem-se mutuamente, rumo ao equilíbrio. Esse seria um final feliz, não fôssemos nós excessivamente racionais e descrentes na existência de coisas que não se podem comprovar, explicar; e isso inclui as lendas.
O medo de amar é a maior causa das angústias do homem. Somos todos essencialmente covardes por não aceitarmos essa necessidade básica de nossas vidas. E assim, sufocamos esse sentimento, matando junto com ele uma parte preciosa de nós mesmos. Evitamos, inconscientemente, nos apaixonar. Procuramos incansavelmente um ser perfeito porque sabemos, lá no fundo, que ele não existe. “Este não serve: é baixo demais”; “aquele outro é negro demais”; “aquele é branco, não me agrada”. E assim, fugimos, nos esquivamos... Tememos aquilo que não conhecemos. E como o amor é o mais inconceituável dos sentimentos, evitamo-lo.
Oxalá alguém nos revelasse a real função de tão controverso sentimento. Esse arrebatador de almas que tira o sono ao escritor e faz ferver o sangue ao leitor. Esse delicioso narcótico sem contra-indicações, capaz de fazer agir passionalmente até o maior dos céticos. Esse bichinho invisível que nos corrói a alma em noites insones, enquanto não encontramos uma cara-metade que apazigúe a sua fúria. Essa caixa de Pandora às avessas, que uma vez aberta inunda nosso mundo de cores, perfumes e sensações inebriantes, obliterando – ainda que em caráter temporário – as mazelas que nos cercam cotidianamente.
Ah, o amor... Somente um romântico inveterado conhece os benefícios do maior dos sentimentos humanos. O amor é o mais eficiente entre os bálsamos: ele é capaz de curar até mesmo as mais profundas feridas. E o que te importa se não sabes conceituá-lo? A ti te basta senti-lo. E se ainda não encontraste a tua cara-metade da qual fala aquela tal lenda, segue o exemplo de Betânia e ama a quem quer que seja: homem, mulher ou animal. Ouve os conselhos de Florbela e ama só por amar. Abre a tua boca e grita desesperadamente a teus pais, vizinhos, amigos ou até mesmo ao teu trabalho: “Amo-te!”. Experimenta esse exercício ao menos uma vez ao dia e não te importes se te chamarem insano por conta disso. Talvez teus problemas não se dissipem; mas será – ao menos – mais doce enfrentá-los, se amares.
8 comentários:
Texto lindo, amei!
=D
Apesar de não acreditar nessa lenda, gostei de alguns pontos do texto.
Acho que primeiramente temos de amar aquele que nos criou e que nos amou tanto que deu Seu único Filho por nós.
Creio que esse amor nos estimula a amarmos os outros ao nosso redor. Deus é amor e deseja que nos amemos uns aos outros. I Coríntios 13 fala esplendidamente sobre o que é o amor...
Beijos e Deus te abençoe!! =D
GDiscordo em algumas coisas do texto, mas acredito quet emos que amar o os outros ao nosso redor por que todos somos iguais.Nao amo os outros por questoes religiosas pq sou ateu, mas nao deixo de acreditar no ser humano por isso.So acho que nos nao precisamo de um exemplo ou uma lenda para isso, devia ser por vontade propria
Muito bom o texto, apesar de também não acreditar na lenda...
Abraços!
Olá...
O AMor, sempre imortal, sempre inspirando poetas e lendas...
Nessa busca eterna pela felicidade, pelos encontros e desencontros da alma gemea...
Abraços
Everaldo Ygor
http://outrasandancas.blogspot.com/
Muito lindo esse texto! Adorei!
Seu blog é ótimo... Belos textos!
Parabéns!
hahha...parabens... acho que tem uma veia filosófica... muito bom...
http://novosfilosofos.blogspot.com
Valew pela visita!
foi bom ter comentado, pois lembrei de linka-lo na minha nova "cara" heheheh...
Bem, sei lá, esse negócio de amor é assim mesmo, mas, quando amamos de verdade a pessoa imperfeita se torna perfeição completa...
Abração!
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