Texto baseado na música Nobody's Home da Avril Lavigne
Seu grito cortou o frio gélido da noite, enquanto jogava para cima o papelão sujo e fétido que usava como um cobertor, cobrindo o seu corpo sofrido naquela já tão conhecida calçada. Mas pesadelos para ela não eram nada comparados à sua realidade. Quando se acalmou, riu de si mesma. Que tolice gritar! Ela estava completamente sozinha. Para ser sincera há muito tempo ela se vê completamente sozinha.
Ah, como invejava as pessoas que via nas ruas, com uma família saudável, feliz, que as amava... Ela nunca viveu assim. Seu pai abandonou sua família quando era muita criança, a partir daí sua mãe se mergulhou no álcool, perdeu toda a vontade de viver, e passou a ver em sua filha, o espelho de sua relação frustrada, descontando sempre na garota toda a sua amargura. Quem sabe assim não conseguisse expiar os seus pecados? Era assim que sua mãe a via, como um cordeiro que com o seu sofrimento aliviaria toda a sua culpa. Era isso que a maldita bebida lhe mandava fazer, como um demônio que a usava como uma marionete, a fim de se divertir com a sua desgraça.
A menina não pôde mais agüentar todas aquelas agressões físicas e morais. Em uma noite, reuniu toda a coragem que possuía, arrumou suas tão poucas roupas e foi embora. Foi para nunca mais voltar, para nunca mais ser humilhada novamente. As lágrimas escorriam sem parar, mas era necessário. Ela tinha que ir embora.
Desde aquele dia passou a chamar a calçada daquela movimentada avenida de lar, passou a sobreviver somente. O período de adaptação foi muito difícil, mas seus instintos de sobrevivência foram cruciais, tornando-a mais uma daquelas pessoas que vivem corajosamente sem um teto. Ah, como ela queria voltar par casa, para o seu verdadeiro lar... Mas não há ninguém em casa, não existe casa.
Depois de se recuperar do pesadelo, ela voltou a se cobrir e fechou seus olhos. Tinha que dormir mais um pouco, mais tarde o sol ia surgir e o seu "lar" estaria lotado de pessoas andando para todos os lados. E ela teria que voltar a sua rotina, teria que passar o dia garantindo mais um dia de vida. Afinal, mesmo se sentindo vazia por dentro, mesmo sua vida não tendo sentido, ela tinha que sobreviver.
Seu grito cortou o frio gélido da noite, enquanto jogava para cima o papelão sujo e fétido que usava como um cobertor, cobrindo o seu corpo sofrido naquela já tão conhecida calçada. Mas pesadelos para ela não eram nada comparados à sua realidade. Quando se acalmou, riu de si mesma. Que tolice gritar! Ela estava completamente sozinha. Para ser sincera há muito tempo ela se vê completamente sozinha.
Ah, como invejava as pessoas que via nas ruas, com uma família saudável, feliz, que as amava... Ela nunca viveu assim. Seu pai abandonou sua família quando era muita criança, a partir daí sua mãe se mergulhou no álcool, perdeu toda a vontade de viver, e passou a ver em sua filha, o espelho de sua relação frustrada, descontando sempre na garota toda a sua amargura. Quem sabe assim não conseguisse expiar os seus pecados? Era assim que sua mãe a via, como um cordeiro que com o seu sofrimento aliviaria toda a sua culpa. Era isso que a maldita bebida lhe mandava fazer, como um demônio que a usava como uma marionete, a fim de se divertir com a sua desgraça.
A menina não pôde mais agüentar todas aquelas agressões físicas e morais. Em uma noite, reuniu toda a coragem que possuía, arrumou suas tão poucas roupas e foi embora. Foi para nunca mais voltar, para nunca mais ser humilhada novamente. As lágrimas escorriam sem parar, mas era necessário. Ela tinha que ir embora.
Desde aquele dia passou a chamar a calçada daquela movimentada avenida de lar, passou a sobreviver somente. O período de adaptação foi muito difícil, mas seus instintos de sobrevivência foram cruciais, tornando-a mais uma daquelas pessoas que vivem corajosamente sem um teto. Ah, como ela queria voltar par casa, para o seu verdadeiro lar... Mas não há ninguém em casa, não existe casa.
Depois de se recuperar do pesadelo, ela voltou a se cobrir e fechou seus olhos. Tinha que dormir mais um pouco, mais tarde o sol ia surgir e o seu "lar" estaria lotado de pessoas andando para todos os lados. E ela teria que voltar a sua rotina, teria que passar o dia garantindo mais um dia de vida. Afinal, mesmo se sentindo vazia por dentro, mesmo sua vida não tendo sentido, ela tinha que sobreviver.